sábado, 13 de fevereiro de 2016

AMAR É CONJUGAR O VERBO SACRIFICAR EM TODOS OS TEMPOS!



Amar é conjugar o verbo sacrificar em todos os tempos; deixando, no passado, o velho eu, mimado e cheio de egoísmos, sem afagos; legar, doar incansavelmente o amor incondicional ao outrem, sem almejar retribuição, viver em prol do bem estar e da felicidade do ser amado.
 
 
 
AMOR
 
 
Este texto é de uma exposição do Salmo 45.
 
 
''Se eu, profundamente apaixonado por alguém, começar a descrever com grande entusiasmo o que tem sido imperceptível ou ignorado desse alguém todos estes anos, algumas pessoas certamente irão me criticar dizendo: ''O amor é cego''. Com isso querem dizer que o amor diminui a minha capacidade de enxergar o que está de fato ali, de modo que a fantasia, feita sob medida para se encaixar em meus desejos, possa ser projetada sobre outro e assim torne aceitável como amante. O desdobramento cínico é que se isso não acontecesse, se eu enxergasse o outro verdadeiramente, eu nunca me envolveria. Por quê? Porque todos são, de fato, completamente antipáticos, quer visível ou invisivelmente, ou, em alguns casos particularmente infelizes, ambos. O amor não enxerga a verdade, mas cria ilusões e nos incapacita de lidar com a dura realidade da vida.
 
O ditado popular, no entanto, está errado como na maioria das vezes estão os ditados populares. O ódio cega. O hábito, a complacência e o cinismo cegam. O amor abre os olhos. O amor capacita a enxergar o que esteve ali o tempo todo, mas foi ignorado na pressa e na indiferença. O amor corrige o astigmatismo de modo que o que foi distorcido pelo egoísmo agora pode ser visto com apreço. O amor cura a miopia de maneira que o que era apenas um borrão do outro agora está focado, de modo maravilhoso. O amor cura a hipermetropia de forma que as oportunidades para a intimidade não são mais ameaças borradas, e sim convites abençoados. O amor olha para aquele que não tinha '' forma ou graça para que olhássemos para ele, e nenhuma beleza para que o desejássemos''  e enxerga nele o ''mais formoso dos filhos dos homens.. ungido como óleo da alegria sobre seus amigos''.
 
Se pudéssemos ver o outro como ele é, não haveria ninguém que não víssemos como ''o mais formoso...todo perfumado com mirra, aloés e cássia''. O amor penetra nas defesas que foram  construídas para proteger contra a rejeição, o desprezo  a depreciação, e enxerga a vida criada por Deus para o amor.
 
Se eu der tudo o que tenho aos pobres e até mesmo for para a estaca a fim de ser queimado como mártir e não amar, não cheguei a lugar nenhum. Assim, não importa o que eu diga, no que creia, e o que faça, estou falido sem amor''.
 
 
(Extraído do Livro: Um ano com Eugene Peterson- Meditações diárias para uma vida centrada em Deus- p. 54, 55)
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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